Tuesday, January 10, 2012

O Despertar

O despertar da já latente vontade em pesquisar hábitos e costumes indígenas, sobreviventes e camuflados em nossa altamente miscigenada cultura brasileira, ocorreu na minha primeira (e por enquanto única) visita as Terras Incas no Peru.
Admirado e impressionado é pouco para descrever a minha alegria ao simplesmente andar pelas ruas do país e sentir como a Cultura Inca estava presente, forte e pulsante.
Ao chegar em Cuzco, a Capital do Império Inca, tive que controlar a indignação e a raiva que se manifestaram dentro de mim pelo fato dos europeus terem dizimado, em prol da palavra do seu Senhor (“o Salvador”), a civilização indígena, que vivia em suas terras em plena harmonia ambiental e espiritual. Nesse momento eu me perguntava: Quem era o bárbaro? A resposta me vinha automaticamente.
Essa raiva durou apenas um dia, pois rapidamente voltei a reparar como a Cultura Inca estava ali com toda sua energia. O fato dos espanhóis terem construído sua cidade colonial, literalmente, sobre a capital do Imperador Pachacutec não foi o suficiente para assassinar seus hábitos, crenças e valores. A Cultura Quéchua respira com força em Cuzco!
Nos demais dias da viagem, ao cruzar com europeus visitando os monumentos milenares Incas, senti uma boa sensação: Que bom que estão aqui para admirar e sentir a força da Energia Indígena, sejam bem vindos à América!
Hoje sei que essa viagem ao Peru foi só o despertar, só o primeiro gole altamente revigorante desse rio. Por enquanto o Gigante Tupi apenas abriu os olhos.

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