Monday, January 23, 2012

As Bases da Alimentação Indígena



Sendo um cozinheiro não poderia começar minha pesquisa por outro lugar senão pela Culinária. Quando pensamos na Alimentação Indígena Brasileira acho que o primeiro item que nos vêm à mente é a Mandioca, e não é à toa, pois de forma geral, nessa maior parte do território sul americano que ainda não era dividido nos países que hoje conhecemos, constituía a base da alimentação da população de distintas etnias que aqui viviam.
A origem desta raiz robusta possui diferentes versões dentro da Mitologia Indígena de acordo com a tribo, porém todas se referem à história de uma criança que foi enterrada e no lugar nasceu um grande arbusto, a Mandioca. Alguns pesquisadores acreditam que sua origem e domesticação tenham ocorrido a mais de 8 mil anos, acerca da região que se conhece por Acre e Amazônia.
O plantio de subsistência da Mandioca, já muito antes da chegada dos portugueses aqui, gerava produtos como o tucupi, tacacá, beiju, tapioca (tipi’óka em tupi), farinha que fazia parte de receitas de pirões e paçocas de peixes e carnes, e bebidas como o tepiokuy, pajuaru, tarubá, cauim e tikira.
Em breve pretendo aprofundar mais minha pesquisa sobre a presença e a importância da Mandioca, que se estende até hoje dentro das Comunidades Brasileiras.
Ampliando a visão para outras grandes civilizações que deixaram suas fortes influências na América, me refiro a Incas, Maias e Astecas, as bases de suas variadas alimentações se apoiavam na Batata e no Grandioso Milho, cultivado e conhecido pelos Índios Guarani como Avaty, homenagem ao Guerreiro Caçador que deu origem ao cereal, de acordo com a lenda de seu povo.
Devido ao fato de estar neste instante no Estado de Minas Gerais e percebê-lo diversas vezes em receitas regionais de suma importância, é no Milho que inicio a minha busca pelas Raízes Culturais Indígenas.

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